Dom Pedro prega conversão social na abertura da Campanha da Fraternidade

Com o tema “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema “Viu, Sentiu Compaixão e Cuidou Dele” (Lc. 10,33-34) propondo um chamado à conversão social, a Diocese de Santo André promoveu na noite desta quarta (26/02), a abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2020 com a Missa de Cinzas Diocesana que reuniu cerca de 300 pessoas, no Catedral Nossa Senhora do Carmo, no Centro da cidade andreense. A celebração com a tradicional imposição das cinzas teve interpretação de libras e foi presidida pelo bispo diocesano Dom Pedro Carlos Cipollini, e contou com as participações de padres Frei Geraldo Santos (assessor diocesano da Campanha da Fraternidade), Joel Nery (pároco da Catedral), Flávio José dos Santos (vigário da Catedral) e Camilo Gonçalves de Lima (secretário episcopal), seminaristas, membros de pastorais e da coordenação da Comissão da CF 2020, além de leigos e leigas da Diocese de Santo André.

Em sua homilia, Dom Pedro destacou o modo penitencial de vivenciar a Quaresma, através de um tema que nos chama à conversão social, para uma boa vivência da Campanha da Fraternidade, na defesa de uma sociedade mais justa e igualitária, além do comprometimento com o tempo quaresmal, por meio do jejum (penitência), a reconciliação com Deus; esmola (caridade) como gesto de solidariedade; e a prática da oração, exercitando a escuta e o silêncio. “A quaresma, mais do que uma preparação para a Páscoa, é uma oportunidade de fazermos com Jesus, os passos de sua missão, sua paixão, sua morte e ressurreição, a partir do batismo Dele no Rio Jordão e a partir do nosso batismo. Nesses quarenta dias vamos refazer os passos de Jesus e caminhar com Ele, porque ser batizado, é ser consagrado a seguir Jesus”, conclama o bispo, a fim de que os fiéis sigam o itinerário até a noite pascal, na renovação das promessas do batismo.

A Campanha da Fraternidade deste ano é inspirada em Santa Dulce dos Pobres, canonizada em outubro do ano passado, e tem por objetivo despertar para o sentido da vida, como dom e compromisso, criando relações fecundas em nossa família, em nossa comunidade e sociedade em geral à luz da Palavra de Deus.

Imposição das cinzas

A cerimônia prosseguiu com a benção das cinzas carregadas pelos sacerdotes e ministros, prosseguida da renovação dos compromissos quaresmais. “A quaresma é um tempo privilegiado de conversão, de combate espiritual, jejum medicinal e caritativo, mas sobretudo, tempo de escuta da Palavra de Deus. Convertei-vos e crede no evangelho. Essas foram palavras-chaves deste dia. Um convite de Jesus Cristo para nós, meus irmãos”, enfatizou o bispo, antes de os fiéis receberem a imposição das cinzas, cujo significado é um chamado à realidade de nossa vida concreta. “Quais os caminhos estou percorrendo? O que estou fazendo da minha vida? Como estão o meu relacionamento com Deus e com os irmãos? Temos não raro separado esse convite em duas partes: convertei-vos de um lado e crede no evangelho de outro. Pregamos uma conversão muito intimista na linha da moral, de cumprir as obrigações para com Deus e o próximo. Mas não temos a segunda parte que é crer na Palavra de Deus com toda força. Existem muitos católicos convertidos que não creem no evangelho de uma forma plena”, alerta.

Modo de vida

De acordo com Dom Pedro, o evangelho não nos fala apenas de uma conversão moral e pessoal, mas de um modo novo de viver. “Qual esse novo modo de viver? É o Reino de Deus. É um reino de relações novas com Deus, com os irmãos. É uma sociedade que não basta você ser justo e bom, mas é necessário que você promova e se comprometa com a justiça, com a bondade, com a prática da fraternidade, não só na vida pessoal, mas na vida da sociedade”, sintetiza o bispo, ao comentar sobre a Campanha da Fraternidade promover ações coletivas em detrimento do individualismo. A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), através da Campanha da Fraternidade, propõe um itinerário de conversão a Deus, que seja conversão também aos irmãos. “Não existe conversão a Deus sem conversão aos irmãos. A Campanha da Fraternidade quer nos ajudar a assumir a dimensão comunitária e social da Quaresma.”

Apresentação dos propedeutas

Ao final da Santa Missa, os oito propedeutas Alex Jones – Paróquia Maria Mãe dos Pobres (Diadema); Breno de Oliveira – Paróquia Santa Maria (São Bernardo); Lucas Souza – Paróquia Nossa Senhora do Paraíso (Santo André); Lucas Chagas – Paróquia Nossa Senhora do Paraíso (Santo André); Elton Lima – Paróquia Nossa Senhora do Paraíso (Santo André); Rafael Reis – Paróquia Santo Antônio da Vila Alpina (Santo André); Rogério – Paróquia Nossa Senhora da Paz (Santo André) e Eduardo Zampar – Paróquia Cristo Operário (Santo André), que iniciarão os estudos para o sacerdócio no Seminário Diocesano, foram apresentados ao público.

27/2/2020

Fonte: https://www.diocesesa.org.br/2020/02/dom-pedro-prega-conversao-social-na-abertura-da-campanha-da-fraternidade/